Cristãos

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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Filhos de verdade ou animais emburrecidos?

Leiam o texto abaixo, o qual foi publicado pelo Jornal “O PARANÁ”, e que vem de encontro com muitas realidades da maioria de nossas famílias. É um texto para refletir a caminhada da família de hoje, a formação dos filhos, seus compromissos e responsabilidade na sociedade.  
Por Karine Rizzardi
O que está acontecendo com os pais da atualidade. Ando muito preocupada com os futuros adultos que os pais estão formando, pois muitos estão casando sem ter preparo algum vindo dos pais.
Fiquei perplexa ao ver um casal de conhecidos, já casados a alguns anos e com filho pequeno, onde o homem não tinha noção alguma de como chefiar uma casa, não sabia direito os impostos que tinha que pagar (exceto do carro e da casa), não sabia administrar o dinheiro e ainda por cima, queria gerenciar uma empresa só pela questão do status. Se não consegue administrar nem sua casa, como pode querer brilhar no seu meio profissional? Se não sabe administrar o dinheiro, por que não procura organizações e cursos que ensinam? 
Daí me pergunto: Se esse rapaz é assim, até que ponto esses pais não o pouparam de entender as coisas da vida? Hoje cria-se meninos que não sabem trocar uma tomada porque vão levar choque, não sabem quem chamar se dá um problema na cozinha porque os próprios pais faziam ou chamavam os profissionais, mas os filhos não.... os filhos ficam sempre sentados com a “bunda sossegada” no sofá (com o perdão da palavra), sem nem saber o que está acontecendo e ainda reclamando para abrir o interfone. Estamos criando homens ou donzelas?
Você sabe se está preparando seus filhos para o mundo quando você age para que eles se virem sozinhos sem você. Eles precisam se virar com a casa, com as contas individuais, com a vida de forma que se sintam autoconfiantes. Esse treino começa desde pequenos, onde os pais precisam dar tarefas domésticas para realizar e não deixar só na mão dos empregados. Isso vale principalmente para aqueles pais que tem dinheiro e são acostumados a levar uma vida mais folgada. Vocês podem até estarem mais folgados, mas seus filhos tem uma vida inteira pela frente para construir e é vocês que precisam capacita-los. Se algo estragar em casa, coloque seu filho para arrumar ou faça-o ficar olhando quem faz para também aprender. Deixa eles baterem a cabeça, passarem apuros, pois isso só os fortalece.
O mesmo vejo acontecer com as filhas mulheres. As mães estão ensinando suas filhas somente a trabalhar, mas elas precisam ter conhecimento básico de controle de uma casa. Casam sem saber cozinhar um feijão, achando que a geração fast-food vai livra-las de comandar suas próprias casas. A mãe precisa leva-las ao mercado e mostrar como selecionar uma laranja que tem mais suco e uma mais seca, como saber se o abacaxi está no ponto e como separar as melhores batatas. As mães tem que fazer essas filhas escolherem os alimentos e só gerenciar, sem ficar fazendo por elas. É importante ensinar economia e não só escolher o presunto e queijo mais barato, mas mostrar quanto vale o preço do kilo do embutido. Quando nenezinhas, as filhas pegavam os rodos e as vassouras e a mãe não deixava porque queria deixar a casa em ordem e depois que são grandes as filhas reclamam de varrer uma casa.
Esses jovens estão achando que tudo é festa e não estão entendendo que para se viver na festa é preciso se preparar para ela. Independente das mudanças que hoje estão acontecendo, os papéis dos homens e das mulheres estão mesclados, mas é preciso saber o básico para se virar.
Eu gostaria muito que essa matéria se espalhasse para todos os cantos e as pessoas falassem mais sobre isso em revistas, jornais e televisão, para que haja uma verdadeira conscientização de que tipo de filhos estamos criando: filhos de verdade ou animais emburrecidos?
A autora é psicóloga especialista de casais e família.

Luiz Gonzaga – Maio de 2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Beatificação mais lotada da história


Beatificação de João Paulo II.

ROMA, domingo, 1º de maio de 201. Mais de um milhão de pessoas - dados das forças de segurança italianas - participaram hoje da beatificação mais lotada da história.
Um grande aplauso se estendeu da Praça de São Pedro, passando pela Via da Conciliação e ruas circundantes, até chegar ao Circus Maximus (onde milhares de pessoas acompanharam a cerimônia por meio de telões), quando Bento XVI leu a fórmula da beatificação.
"Concedemos que o Venerável Servo de Deus João Paulo II, Papa, de agora em diante seja chamado Beato e que se possa celebrar sua festividade nos lugares e segundo as regras estabelecidas pelo direito, todo ano a 22 de outubro", disse em latim.
O sorriso de Karol Wojtyla foi descoberto nesse momento, em uma grande imagem, imortalizada na cópia de foto de 1995, no centro da fachada da Basílica de São Pedro. As lágrimas dos peregrinos, muitos deles poloneses, não se contiveram.
A religiosa francesa Marie Simon-Pierre, cuja inexplicável cura de Parkinson permitiu concluir o processo de beatificação, acompanhada da freira polonesa que assistiu João Paulo II, a irmã Tobiana, apresentaram a relíquia, um frasco de sangue de Karol Wojtyla.
Em algumas áreas da Praça de São Pedro era possível ver cobertores no chão, com os quais o povo tinha se abrigado durante a noite fria. As forças de segurança decidiram abrir as entradas antes do esperado, às 2h, por razões de segurança.
Na mesma praça estavam os representantes dos grandes do mundo. Eram 62 delegações lideradas por chefes de Estado e de governo, além de famílias reais e outros países que foram oficialmente representados.
Na praça estava o ministro Yossi Peled, salvo do Holocausto por uma família católica na Bélgica, em representação do Estado de Israel.
Antes da celebração, ele afirmou que "o evento é particularmente significativo. Este homem, nascido em um período no qual se respirava um clima de antissemitismo aprovado publicamente, opôs-se e quis desafiar aqueles que serviam o espírito da raça humana".
Os jornalistas que vieram cobrir o evento eram mais de 2.300, bem como 1.300 canais de televisão.
O cansaço e o sol provocaram desmaios entre os peregrinos, mas a organização manteve a ordem, o que permitiu garantir uma verdadeira festa de fé, apesar do número de peregrinos ter superado as expectativas.
João Paulo II conseguiu, com a força de um gigante, devolver ao cristianismo seu poder de transformar o mundo e fazer que os cristãos deixassem de ter medo de sê-lo, disse o Papa Bento XVI durante a homilia da cerimônia de beatificação do seu predecessor, na Praça de São Pedro.

Diante de um mundo onde se busca o material, o bem estar próprio, a felicidade custe o que custar, João Paulo II nos ensinou que viver em Cristo nos dá uma nova visão de tudo ao nosso redor.
Muitos criticam e não sabem o verdadeiro sentido da Beatificação de João Paulo II e de tantos outros Santos, e somente entenderão quando chegar o momento, seja nesta vida, seja na outra.

Luiz Gonzaga – Maio de 2011.