Cristãos

Cristãos

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

BONS HÁBITOS

O que não é essencial no meu dia?
A rapidez das informações e o ritmo da sociedade nos levam a trabalhar muito e por muitas horas. Temos muitas atividades diárias: casa, trabalho, estudos, família, namoro, espiritualidade, amigos, além de manter-se atualizado com as redes sociais como entrar no Facebook, olhar o Twitter, adicionar amigos, ler jornais... Ufa! Ficou cansado? É assim que muitos de nós nos sentimos.
Criamos uma pressão em nós muitas vezes maior e nosso grau de exigência e perfeccionismo pode acentuar esta pressão interna e, com isto, a sensação de cansaço e desgaste, chegando a prejuízos em nossa produtividade e nossas emoções. Muitos de nós afirmamos: preciso de um dia que tenha 48 horas. De fato, isto nunca acontecerá, mas o que fazer para, além de dar conta disto tudo, cultivar uma vida saudável?
É muito importante que possamos retomar hábitos simples, muito valiosos e que há muito tempo esquecemos. O primeiro deles: alimentação. Sim, alimentação saudável e balanceada. Querendo ganhar "tempo", comemos um alimento pouco adequado, como um salgadinho, e, em pé, tomando um refrigerante e falando ao celular. Ou seja, qual a atenção que você deu àquela alimentação?
Imagine-se repetindo isto por 20 dias ao mês e multiplicando por 12 meses. Certamente, algum problema de saúde acontecerá: desde ganho de peso, aumento de pressão, gastrite ou coisa assim. Tudo isto abrirá uma enorme porta para doenças e até mesmo uma queixa constante pelo desconforto que você ganhará se alimentando desta forma. Tudo isto para ganhar quantos minutos no seu dia?
Possivelmente, a soma real revelará que apenas perdemos tempo, qualidade de vida e muitas outras coisas. Este é apenas um exemplo simples, mas muito real na vida de todos nós.
O que tem causado um grande desconforto em todos nós é a dificuldade de darmos tempo para cada coisa em nossa vida: se o seu sentimento é de uma vida com muitos compromissos, o primeiro ponto é organizar sua agenda. Qual o horário de cada um deles? O que precisa ser realizado? O que pode ser mudado? O que não é essencial no meu dia e pode ser retirado da minha agenda? Este passo o ajudará, inclusive, a observar se tem dado tempo para seu lazer, para a convivência com a família e amigos, para seus cuidados pessoais; coisas simples que fazem toda a diferença em nossa qualidade de vida. Quando falamos em lazer, nada precisa ser exagerado ou caro. Um passeio a pé já é muito valioso!
Ao cuidar de pequenos hábitos em nossa vida, podemos pensar em:
Manter o bom humor. Tudo pode estar difícil em sua vida, mas se tivermos um olhar positivo sobre as coisas, tudo pode melhorar;
Cuidar para não fazer tudo com pressa e irritação. Seu corpo sente os efeitos disto;
Realizar atividades prazerosas e também as práticas espirituais;
Observar seus limites e procurar agir com flexibilidade frente às necessidades de sua vida. As preocupações em excesso ou o perfeccionismo não aliviarão seu dia a dia.
Cultive o "jardim" dos seus relacionamentos. Se forem cuidados como uma planta, darão flores e frutos. Família e amigos são essenciais para nosso equilíbrio afetivo-emocional. Aos poucos, com persistência em mudar, vamos percebendo que pequenos hábitos, quando cultivados, trarão grandes e efetivas mudanças em nossa vida, dando maior equilíbrio em todas as dimensões.

Luiz Gonzaga – Dezembro de 2011

sábado, 24 de dezembro de 2011

A IMPREGNAÇÃO DAS ALEGRIAS DO NATAL

A festa do Santo Natal tem o privilégio — ao menos é a impressão pessoal que tenho — de interromper o tempo. Pode uma pessoa estar na situação aflitiva que estiver, chegando o Natal, abre-se como que um paredão e as desgraças ficam do outro lado. Bimbalham os sinos, o Natal começou! Cristo nasceu: alegria para todos os homens!
A alegria própria ao Natal é toda feita de luz - é o Lumen Christi, a luz de Nosso Senhor Jesus Cristo que brilhou na Terra na noite de Natal.
Uma alegria que não é a alegria vulgar do homem que fez um bom negócio, que venceu uma jogada política ou ganhou na loteria. Não. É uma alegria muito mais interna, muito mais leve, toda feita de luz. Enquanto as outras alegrias são feitas de coisas palpáveis e de segunda ordem, a alegria própria ao Natal é toda feita de luz — é o Lumen Christi, a luz de Nosso Senhor Jesus Cristo que brilhou na Terra na noite de Natal. Luz que nunca mais, de ano em ano, deixou de brilhar, trazendo uma verdadeira alegria, uma verdadeira paz de alma até para as pessoas mais atormentadas.
No meu tempo de menino, a noite de Natal era um hiato luminoso, cheio de algo que não se consegue descrever, mas que todos sentiam: era aquela suavidade, aquela paz, aquela doçura que dava a impressão de que todo o céu estrelado da noite estava como que impregnando a Terra de perfumes. Os sinos tocavam, o som se espalhava e o júbilo impregnava até os jardins. Era uma alegria enorme que circundava todos os homens, porque Cristo nasceu, nasceu em Belém!

Luiz Gonzaga – Dezembro de 2011

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

CORONELISMO

Houve uma mudança na forma de gestão do coronelismo na atualidade, que, apesar da mídia, da televisão, novas tecnologias como a internet, a grande habilidade do coronel moderno é o poder político que ele tem. Este poder consegue mobilizar instituições e pessoas a favor dos projetos políticos pessoais.
Podemos perceber o coronelismo, atuante ainda nos dias de hoje, de forma bem sorrateira, infiltrando-se na política, tanto na esfera Federal, quanto Estadual e principalmente Municipal.
Definido como um compromisso, uma troca de proveitos entre o Poder Publico, a força dos “coronéis” provem de serviços que prestam ao chefe do Executivo – quando o coronel não é o próprio Chefe do Executivo –, para preparar seu sucessor nas eleições ou até mesmo membros do Legislativo, fornecendo-lhes votos e assim ensejando sua permanência em novos pleitos, o que tornava fictícia a representação popular, em virtude do voto "manipulado".
Certas atribuições, tais como eleger o governador, deputado, senador e prefeito, trazem benefícios aos coronéis, porque, após eleitos, os coronéis seriam beneficiados com contratos que cobririam os gastos com a campanha de ambas as partes.
Nesses contratos, feitos de forma legal, diga-se de passagem, os coronéis afastariam os prováveis concorrentes, através de tráfico de influência, sendo eles mesmos os grandes favorecidos, levando com eles nosso dinheiro suado, recolhido aos cofres públicos através de impostos.
Antigamente os grandes fazendeiros interferiam violentamente nas eleições e na e forma de governo, elegendo aqueles que para eles seria o mais vantajoso e interessante. Hoje, porém, pelo menos em nosso meio não há mais esta intervenção violenta, mas talvez haja possível pressão e até chantagem para as eleições, usando do plano de governo como instrumento para se eleger, que depois de eleito, aí sim, governar conforme sua própria consciência.
Os coronéis acabaram assumindo um grande poder. O coronel era, sobretudo uma figura local, exercendo influencia nas cidades menores, mais afastadas e sua imediações, bem como pressionando os moradores a vender e trabalhar da forma que os “chefões” bem entendiam.
O coronel tinha de mandar e ser obedecido, era a pratica do "mandonismo local".
Aí nós paramos e pensamos quando Jesus disse a Pilatos (Jo 19, 11) ...não terias nenhum poder sobre mim se não tivesse sido dado por Deus...
Certos políticos e seus cupinchas acham que tem poder sobre a população, empregados... mas na verdade este “poder” foi dado por Deus para que administre os bens comum do povo.
Será que isto está acontecendo?

Luiz Gonzaga – Dezembro de 2011