Cristãos

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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Uruguai, Maconha e Brasil

                                                         
O Uruguai se tornou o primeiro país do mundo a legalizar totalmente a maconha. O Estado irá regular sua produção, distribuição e venda para usos recreativos, industriais e medicinais. Inclusive a importação de sementes e eventual exportação de maconha serão controladas diretamente pelo Estado.

Para o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, os consumidores serão estatizados. Para comprar os cigarros, o maior de 18 anos precisa se cadastrar. Terá assim uma carteirinha de maconheiro, com a qual poderá comprar até 40 cigarros/mês. Mas poderá também plantar e processar sua própria erva, com licença do governo, limitada a seis plantas por domicílio, sob fiscalização. O preço será tabelado e, se a atividade não for lucrativa, terá que ser assumida ou subsidiada pelo Estado.
No entanto, muitos maconheiros não desejarão aparecer como tais. Não é por ter sido legalizada que a maconha ganhará aprovação social e absolvição médica. Todos sabem que a droga é nociva ao organismo, vicia e prejudica o desempenho das pessoas em suas atividades, especialmente as psíquicas e intelectuais.

Companhias aéreas, empresas de ônibus, construtoras, fábricas com equipamentos complexos têm um bom argumento para recusar os maconheiros oficiais. Quem vai querer viajar num avião em que o piloto é oficialmente maconheiro? Mas se é legal ser maconheiro, como a empresa pode discriminar o usuário? Questão jurídica complexa.

De outro lado, vai se criar um novo “emprego”, o de maconheiro, a serviço de um novo patrão, o traficante. Quem quiser ganhar um dinheirinho sem trabalhar, é só inscrever-se como maconheiro, plantar a erva e passá-la para o traficante, no todo ou em parte. Este terá interesse em financiar a produção doméstica.

Todo o complexo estatal da maconha será um grande negócio. O governo vai ter de criar instituições de controle, cargos etc. Ou seja, muitos cargos e dinheiro serão disputados pelos políticos.

Segundo o chefe da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes da ONU, Raymond Yans, o Uruguai quebra “um tratado acordado universalmente e endossado internacionalmente”. Além do que a criação do primeiro mercado mundial de cultivo e venda de maconha mantido pelo Estado “contribui para o vício precoce”.

Para Yans, o país também ignora estudos científicos que “confirmam que a maconha vicia, com sérias consequências para a saúde das pessoas; não tem apenas o risco de dependência mas também afeta funções fundamentais do cérebro, no potencial de QI, desempenho acadêmico e no trabalho; fumar maconha é mais cancerígeno que cigarro.”

Quanto ao Brasil, terá de reforçar o controle de pessoas e bagagens, com o esperado aumento no fluxo de brasileiros ou uruguaios cruzando a fronteira.
É impossível evitar que na esteira da liberação da maconha venha a liberação de outras drogas de potencial destrutivo da personalidade ainda maior. Em fórum internacional realizado no auditório da ONG Viva Rio, a médica Raquel Peyraube, assessora do governo do Uruguai, propôs a distribuição de cachimbos de vidro para usuários de crack e salas para o uso seguro da droga.

Já o senador petista Eduardo Suplicy disse ter elaborado um anteprojeto de lei visando descriminalizar e regulamentar o uso de todas as drogas usadas por dependentes químicos no Brasil, mas só vai apresentá-lo no Congresso em 2015, para não criar conflitos nas eleições de 2014. Ou seja, ele reconhece que a medida é impopular. Mas para a democracia do Governo, o que menos importa é o que o povo quer.

Em vista dessa legalização de um vício devastador como o uso de drogas, é compreensível o pranto de Nossa Senhora e a desaprovação Divina.

Luiz Gonzaga – Fevereiro de 2014.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

INTROMISSÃO DA ONU NO SENADO BRASILEIRO


A ONU continua inútil e contraproducente. Exemplo recente disso é a indevida e absurda tentativa de intromissão desse organismo no Senado brasileiro. Em 27 de junho deste ano, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) originária da Câmara, estabelecendo “a expropriação de propriedade rural e urbana onde for constatada a exploração de trabalhadores em condições análogas ao trabalho escravo”, sem qualquer indenização. A proposta ainda deve ser aprovada pelo plenário do Senado e, se houver emendas, voltar à Câmara.
À primeira vista, a proposta parece simpática e até necessária. Quem quer o restabelecimento da escravidão no Brasil? Ninguém.
Entretanto, nesse caso, uma é a teoria e outra é a prática. A acusação de manter trabalho escravo tem sido utilizada como arma contra a propriedade privada pelo MST, CPT e inimigos do agronegócio em geral. Usam qualquer pretexto para brandir essa acusação contra os proprietários. Simples irregularidades são qualificadas sumariamente de trabalho escravo, como falta de carteira assinada (sendo que grande parte do trabalho no Brasil é informal), atraso no pagamento de salário, condições precárias de higiene e coisas do gênero. Todas elas, situações sanáveis.
Tendo em vista essa perseguição, ao aprovar a citada PEC, a CCJ teve pelo menos o pudor de pedir ao presidente do Senado que institua uma comissão especial a fim de definir o que seja o tal trabalho escravo, para evitar, ou ao menos dificultar, as arbitrariedades que vêm sendo perpetradas no Brasil a esse pretexto.

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Gulnara Shahinian, relatora da ONU para o combate à escravidão
 
Eis que a ONU resolveu intrometer-se no assunto, afirmando os absurdos mais disparatados. Para esse inútil órgão mundial, o Brasil estaria sujeito a um terrível regime de escravidão e, assim sendo, o Senado precisaria aprovar com urgência a tal PEC, mesmo sem definir o que seja escravidão.
A asnice de querer criminalizar um ato não definido só se explica pelo ódio marxista à propriedade privada e aos proprietários.
Notícia publicada na coluna de Jamil Chade, no “Estado de S. Paulo” (25-9-13), informa que a ONU “cobra o presidente do Senado, Renan Calheiros, que vote uma emenda à Constituição que endurece as punições contra a escravidão. A entidade enviou a cada um dos senadores brasileiros uma carta apelando para que o tema entre na agenda do Senado”.
“A escravidão não pode nem estar presente e nem continuar para as pessoas no Brasil”– escreveu a relatora da ONU para o combate à escravidão, a armênia Gulnara Shahinian. Para ela, a PEC ajudaria a “restabelecer justiça e dignidade a muitos no Brasil que foram vítimas da escravidão”.
Mas Gulnara não quer saber de definir nada: “Estou preocupada com o fato de que a discussão sobre a redefinição do conceito de escravidão possa desnecessariamente frear a adoção da Emenda Constitucional PEC 57A, tão esperada por muitos homens, mulheres e crianças, trabalhando como escravos na agricultura.”
De onde tirou ela que há tanta gente trabalhando como escravo no Brasil? Imaginação doentia ou preconceito marxista? Quer ainda medidas policialescas: “Tenho enfatizado a necessidade para uma maior aplicação da lei e fortalecer as ações da Polícia Federal.”
Pôr a Polícia no encalço de algo que não está definido, e que, portanto, não se sabe o que é! Nenhuma preocupação com os direitos humanos dos proprietários!
Esperemos que os senadores tenham o devido senso de honra e de justiça para rejeitar essa descabida intervenção da ONU na soberania de um dos poderes da República. Tal intervenção seria mais um motivo para lágrimas de Nossa Senhora sobre o Brasil.
E assim vai o Brasil, um país sem lei, especialmente sem o temor a Lei de Deus, que a cada ano que passa caminha para ruína moral e religiosa.

Luiz Gonzaga de Oliveira – Dezembro de 2013

 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

PORQUE NOSSA SENHORA CHORA?


Mentes infantis destroçadas

Poucos crimes causaram tanta perplexidade no Brasil quanto o do menino Marcelo Pesseghini, de 13 anos, residente na capital paulista, que recentemente matou o pai, a mãe, a avó e a tia-avó, e em seguida se suicidou.
Tão inverossímil parecia o fato que diversas hipóteses foram levantadas, apontando para vários possíveis autores da chacina. Não é crível, dizia-se, que um simples menino, no início apenas da adolescência, seja capaz de tais monstruosidades.

As investigações, porém, tanto quanto se saiba, derrubaram completamente todas essas conjeturas. Os sinais de que o crime foi mesmo cometido pelo garoto se mostraram de uma evidência sem contraditório. E não apenas os indícios colhidos no local do crime, mas depoimentos de colegas de classe de Marcelo atestam que ele vinha falando em matar os pais; e, mesmo após tê-los matado, foi até a escola e contou a um colega o que tinha feito. Este não acreditou, tal era o absurdo da cena. Achou que era fruto de imaginação ou brincadeira de mau gosto. Mas, infelizmente, era realidade. Marcelo voltou para casa e suicidou-se.

Estabelecida assim a verdade dos fatos, permanece a pergunta: por que ele fez isso? O Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo debruçou-se sobre o insólito acontecimento à busca de uma explicação e apresentou seu laudo, no qual aponta os mecanismos mentais e psicológicos que levaram o menino Marcelo a tornar-se um monstro.

Se essas causas psicológicas foram cavalgadas ou não por alguma forma de possessão diabólica, não é função do IC se pronunciar sobre isso. A possibilidade fica de pé para ser considerada por algum exorcista.
Mas, seja como for, interessa altamente conhecer as conclusões do IC, inclusive para prevenir outros casos semelhantes que possam surgir.
Diz o laudo que o garoto “teve um surto psicótico quando matou os pais, a avó e a tia-avó” (“O Estado de S. Paulo”, 7-9-13), como resultado de várias causas que se somam, mas a ênfase é colocada no que qualifica de “excesso de jogos violentos”.
“De acordo com a perita Vera Lúcia Lourenço, o estudante teve uma ‘alteração de pensamento’ e passou a acreditar que era um ‘matador de aluguel’, inspirado no jogo Assassin's Creed. ‘Todo o tempo que passava em jogos eletrônicos caracteriza uma fuga da realidade, limitando o contato social.’"

Assassin's Creedé uma série de jogos eletrônicos de ficção, centrados numa eterna batalha travada entre assassinos e templários ao longo da história da humanidade.
“Seguindo a história do jogo, conforme depoimentos de colegas, Marcelo montou um grupo na escola chamado ‘Os Mercenários’ e convidou outros adolescentes a matar os pais. Esses pensamentos violentos seriam persistentes, até que ele ‘confundiu fantasia e realidade’”.

“Marcelo, no momento do crime, passava por um ‘estreitamento de consciência’, que só terminou quando voltou da escola. ‘Quando se deparou com o ato cometido (os homicídios), entrou em estado de neurose e, não suportando a culpa, cometeu suicídio’, afirmou Vera Lúcia”.
Evidentemente, o laudo do IC não conduz a uma certeza absoluta. Mas é um forte indicativo de algo confirmado por inúmeras outras fontes, ou seja, que os jogos eletrônicos produzem perturbações psíquicas nas crianças e adolescentes, podendo chegar a consequências mentais e psicológicas dramáticas. O caso do menino Pesseghini deve servir de alerta aos pais e educadores a respeito de jogos eletrônicos, cujas desastrosas consequências têm sido noticiadas em escala universal.

Vai longe o tempo em que meninas brincavam com boneca e meninos com carrinho, formando uma estrutura mental sadia e ordenada para enfrentar a vida.
O atual processo de destroçar as mentes infantis só pode provocar as lágrimas da Santíssima Virgem.

Luiz Gonzaga – Novembro de 2013

segunda-feira, 1 de julho de 2013

A quem aproveita?

Talvez algum leitor estranhe o fato de tratarmos do problema do desarmamento desta forma, que diante de mundo (Brasil) por sua malignidade pecaminosa, ofendem seriamente o Coração Imaculado de Maria.
Entretanto, o tema cabe perfeitamente aqui, dado o caráter ignominioso das campanhas de desarmamento — também chamadas “pacifistas” — que buscam desarmar os homens honestos, deixando-os à mercê de quantos bandidos, cada vez mais numerosos, tendentes a ameaçá-los com suas armas. E também porque tais campanhas, em vez de colaborarem com a observância do preceito divino de “não matar”, favorecem assim a sua transgressão.
Com efeito, não se tomam medidas eficazes para evitar que delinquentes de todo gênero formem quadrilhas organizadas, contrabandeiem suas armas, e tornem com frequência reféns de seus instintos malévolos os cidadãos sem culpa e até os matem. Mas querem que a população abdique de um direito fundamental da pessoa humana: o de legítima defesa, sua e de sua família.
O plebiscito sobre o desarmamento, realizado no Brasil em outubro de 2005, mostrou que a grande maioria dos eleitores brasileiros não quer ficar à mercê dos delinquentes e votou em massa contra o desarmamento.
Apesar disso, sob a férula do governo Lula, foi mantido um conjunto de leis denominado Estatuto do Desarmamento, aprovado em dezembro de 2003, o qual dificulta enormemente a aquisição de armas de defesa pelos cidadãos honestos.

Como era de esperar, devido às numerosas restrições legais, a uma fiscalização draconiana e ao apoio incondicional da mídia, a compra de armas de defesa diminuiu muito. Ademais, houve um aumento de 11% no preço destas. Assim, estudo inédito divulgado em abril último pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que a compra de armas de fogo no Brasil caiu 35% depois do tal Estatuto.
Com que resultados? Vejamos os dados publicados no diário carioca “O Globo” (2-4-13).
Os homicídios em residência com uso de armas de fogocresceram cerca de 26% desde a promulgação do Estatuto do Desarmamento até hoje, passando de 2.503 para 3.155 ocorrências.
Segundo o Mapa da Violência 2013, as mortes no Nordeste, por cem mil habitantes, aumentaram de 19,4% em 2003 para 27,7% em 2009. No Norte, subiram de 13,4 para 22,1. No Sul, cresceram de 15,9 para 19,3. Apenas o Sudeste registrou redução: de 28 para 16,4 homicídios (na média do Brasil, a taxa caiu 1%).
Ou seja, a diminuição de armas legais em mãos de cidadãos honestos não deteve o aumento da criminalidade... com armas de fogo. Pelo contrário!
Assim sendo, por que continuar colocando empecilhos aos brasileiros que desejem ter acesso aos meios normais de defesa, numa sociedade tão assolada pelo crime como a nossa? Por que lhes restringir esse direito?
Quando se torna difícil para a polícia descobrir quem possa ser o autor de determinado crime, uma pergunta de primeira evidência se coloca: a quem aproveita o crime? Também a respeito dessa sanha em coarctar os direitos de legítima defesa do cidadão honesto, pergunta-se: a quem aproveita?
Enquanto isso, estamos acuados em nossas casas, quando podíamos estar vivendo normalmente sem medo de ser assaltados e mortos.
Luiz Gonzaga – Julho de 2013.

sábado, 13 de abril de 2013

ATAQUE CONTRA A IGREJA E OS MANDAMENTOS DE DEUS



Na Europa... e no Brasil
  liberdade de expressão se reduz cada vez mais para os cristãos na Europa”— adverte o conceituado professor e historiador italiano Roberto de Mattei, em seu boletim “Correspondance Européenne”, de fevereiro/2013.
A onda cristianofóbica deixa cada vez mais livre o caminho para a blasfêmia e dificulta a reação dos que professam os princípios cristãos de se pronunciar contra o aborto, a eutanásia e o homossexualismo.
Trata-se de uma tentativa brutal da parte dos dirigentes da União Europeia de subverter as leis e os costumes até aqui vigentes em nações cuja formação histórica e moral, bem como os princípios norteadores são devidos à ação e ao influxo seculares da Santa Igreja Católica.
Explica o citado professor: “A imposição da união contra a natureza entre pessoas do mesmo sexo, a introdução do delito de homofobia, que proíbe toda forma de defesa da família natural, a tentativa de reprimir juridicamente a objeção de consciência àqueles que se recusam a cooperar com homicídios como o aborto e a eutanásia, a promoção da blasfêmia na publicidade, nos filmes e peças teatrais são formas de ódio e de intolerância em face dos princípios e das instituições cristãs, obras da ditadura do relativismo contemporâneo.”
                                                                       *        *        *

 
Infelizmente, a situação não se afigura menos sombria no Brasil. Se ainda não sofremos a pressão ateia — sob capa de laicismo — de uma União Europeia, entretanto temos partidos políticos e organizações sociais que forçam de todos os modos, com penalidades acachapantes para quem não seguir, a adoção de leis anticristãs.
Ainda recentemente houve manifestações muito assanhadas contra um deputado eleito para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Motivo? O fato de o mesmo se manifestar contrário ao “casamento” entre homossexuais. E paira sobre as cabeças de todos os brasileiros a ameaça de aprovação de um projeto de Código Penal cristianofóbico até sua medula.

Homossexuais fantasiados de eclesiásticos
 e religiosos Católicos.










Não podemos nos omitir, escudados no fato de que são minorias que pensam assim e se entregam a essas pressões. Na História da humanidade foram sempre minorias bem organizadas que se assenhorearam do poder e impuseram suas leis a uma maioria acomodada e inerte, ora pela força, ora pela pressão. Basta lembrar o caso paradigmático da Revolução Francesa de 1789.
Nossa Senhora chora não somente por presenciar os assaltos da impiedade, mas também por ver a inércia daqueles que deveriam opor-se, denunciar, bradar, lutar... e não o fazem.
“Tudo isto não pode ser tolerado. Os cristãos não permanecerão inertes”— conclui o Prof. de Mattei.
Se quisermos verdadeiramente consolar Nossa Senhora — tanto em suas dores não exteriorizadas quanto em suas diversas manifestações de pranto — não basta nos entregarmos a arroubos sentimentais, perfeitamente infecundos. É preciso lutar.
Só Jesus mesmo! Estamos vivendo nova Sodoma e Gomorra. E a Salvação, ninguém luta por ela? Somente seus ideais são importante?

Luiz Gonzaga – Abril de 2013.

sábado, 16 de março de 2013

Porque Nossa Senhora Chora?



Genocídio de cristãos na Nigéria




Prosseguem as matanças de cristãos na Nigéria (África). Em dezembro último, um grupo de fundamentalistas islâmicos degolou 15 cristãos na localidade de Mussari, nos arredores de Maiduguri, região nordeste da Nigéria, informou uma fonte dos serviços de emergência locais.
“‘Segundo as informações que recebemos, os criminosos entraram em algumas residências e mataram 15 pessoas que estavam dormindo’, disse a fonte, que pediu anonimato. As autoridades haviam informado no sábado o ataque, executado na sexta-feira em Musari, mas com um balanço de cinco mortos e sem revelar outros detalhes”.(1)
O tenente-coronel Sagir Musa, porta-voz militar na região, declarou à “Agência France Press” que alguns foram mortos a tiros, e outros atacados com facões.
Referindo-se às vítimas, uma fonte que pediu anonimato disse que "incluem um guarda de trânsito e 14 civis”, e que“foram escolhidas porque eram todos cristãos". Segundo informou um vizinho, "os agressores entraram silenciosamente em casas cujos moradores eram cristãos".
Parte desses fundamentalistas pertence à organização Boko Haram, que exige a adoção em toda a Nigéria da sharia, lei islâmica que não admite a prática de qualquer outra religião que não seja o islamismo. Estima-se que os ataques do Boko Haram já causaram mais de três mil mortes na Nigéria desde 2009.
Grande produtora de petróleo, a Nigéria é o país mais populoso da África, com 170.123.740 habitantes.(2) O norte é predominantemente muçulmano e o sul de maioria cristã.
 Um relatório de 2003 avalia que “50,4% da população da Nigéria são muçulmanos, 48,2% são cristãos e 1,4% aderem a outras religiões. Entre os cristãos, 27,8% são católicos, 31,5% são protestantes e 40,7% pertencem a outras denominações cristãs”(3). O número de cristãos está crescendo.

*   *   *
A Nigéria é um exemplo da terrível onda de cristianofobia que se alastra hoje por diversos países, especialmente da Ásia e da África. Animistas, hinduístas, muçulmanos e outros, por ódio à fé ensinada por Jesus Cristo, vão multiplicando o número de mártires, sob os olhares complacentes do Ocidente ex-cristão.
Defensores de “direitos humanos”, “direitos dos animais” e agora até “direitos das plantas” olham com displicente indiferença para essas matanças que se sucedem. O que faz a ONU, supostamente tão preocupada com os direitos humanos? E a União Europeia, que também se apresenta como defensora desses direitos? O que fazem os governantes das nações ocidentais, incansáveis em inculcar os chamados direitos sociais? Porventura os cristãos não têm quaisquer direitos, nem sequer o mais elementar deles que é o direito à vida?
Diante de tanta indiferença, parcialidade e, por que não dizê-lo, covardia, peçamos a Nossa Senhora que faça com que suas lágrimas irriguem as almas dos perseguidos, incutindo-lhes força e perseverança para que lutem até o fim, aceitando o martírio se este for da vontade de Deus. E que essas mesmas lágrimas caiam também sobre os perseguidores “para que se salvem, ou para que as graças rejeitadas se acumulem sobre eles como brasas ardentes, clamando por punição”.(4)
 Luiz Gonzaga – Março de 2013