Cristãos

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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Notícias Rápidas

No Paquistão, num mar de 167 milhões de habitantes, os cristãos somam menos de 3% da população. Nesse país dominado por fundamentalistas mulçumanos, criticas ao islamismo são punidas severamente e certas leis facilitam a perseguição religiosa.
O caso de Asia Bibi Noreen
Atualmente, um caso está comovendo o mundo. Asia Bibi Noreen, paquistanesa de 45 anos, casada e mãe de várias filhas, foi condenada à morte por “crime de blasfêmia” em novembro do ano passado e será enforcada se a Alta Corte apoiar a sentença.
“Eu não sou uma criminosa, não fiz nada de mal. Estou sendo julgada por ser cristã. Creio em Deus e em seu enorme amor. Se o juiz me condenou a morte por amar a Deus, estarei orgulhosa de sacrificar minha vida por Ele”, afirmou Asia Bibi ao seu advogado Shahzad Kamran.
Após uma semana na China, a viagem da presidente Dilma Rousseff amoleceu em matérias de direitos humanos parece que serão enrijecidos só no Brasil e concentrou-se no comércio.
Qual foi o balanço?
Um jornal econômico Valor” 14.4.2011 o fez em editorial, apontando para uma inquietante conclusão: o Brasil progride para ser uma colônia comercial da China. Só comercial?
Segundo informou a seção alemã do site de vídeos católicos Gloria.tv (1), meio milhão de poloneses assinaram uma iniciativa popular pedindo a proibição completa do aborto.
O abaixo-assinado, entregue nessa quinta-feira (14-4-2011), no Parlamento em Varsóvia, pede “a proibição do aborto também em casos de grave deformação do feto, de violentação e perigo de vida para a mãe.
Você, caro amigo paulista, assine agora mesmo o abaixo-assinado para assegurar o DIREITO À VIDA desde a fecundação (nascituro) até a morte natural no site http://www.ipco.org.br/
O Comitê Cívico “Escolha a Vida”, que promoveu a iniciativa, colheu um número assinaturas cinco vezes superior ao exigido pela lei para mover uma moção legislativa. Os deputados agora deverão votar o projeto de lei introduzido pela população.
Aqui no Brasil, a Campanha São Paulo Pela Vida está coletando assinaturas para, através de uma Emenda Constitucional Estadual, assegurar “o DIREITO À VIDA desde a fecundação (nascituro) até a morte natural.” (2).

Luiz Gonzaga – Abril de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Nada de cruzes: neutralidade inglesa?

Aumentam casos de cristãofobia na Grã-Bretanha

ROMA, quarta-feira, 20 de abril de 2011. A lista de pessoas multadas ou até com problemas judiciais na Grã-Bretanha porque desejam viver os ditames da fé cristã está ficando mais longa. 
Uma das maiores cooperativas construtoras da Grã-Bretanha, a Wakefield and District Housing (WDH), com sede em Castleford, sudeste de Leeds, abriu expediente disciplinar contra um de seus funcionários, Colin Atkinson, por se negar a retirar uma discreta cruz de folhas de palmeira do parabrisa do furgão da empresa. Atkinson, que foi contratado em 1996 como eletricista da cooperativa, que também recebe dinheiro público, está a ponto de ser despedido por “grave falha no comportamento profissional”, apesar de um histórico de serviços impecável.
“Os últimos meses foram incríveis, um pesadelo”, disse Atkinson. “Eu trabalhei nas minas de carvão e servi ao exército na Irlanda do Norte e nunca enfrentei tanto estresse como agora. O tratamento aos cristãos neste país está ficando diabólico. É o politicamente correto levado até o extremo”, declarou Atkinson, 64 anos, que frequenta a Pentecostal Destiny Church em Wakefield, com sua segunda mulher, Geraldine. Mas ele não pretende fugir. “Nunca me senti tão motivado antes. Estou decidido a lutar pelos meus direitos. Se me despedirem, que seja. Mas eu vou lutar pela minha fé”, afirmou ao Mail on Sunday. “Nós, cristãos, somos chamados a viver publicamente a nossa fé”.
Os problemas de Atkinson começaram no ano passado, quando os responsáveis pela empresa, que tem quase 1.500 funcionários e gerencia mais de 30.000 casas na área de Wakefield, pediram que ele não exibisse a cruz no parabrisa do furgão, depois de anos em que nunca haviam dito nada parecido. Segundo os diretores da cooperativa, a cruz poderia ofender as pessoas ou dar a entender erroneamente que se trata de uma “organização cristã”. Como explicou a responsável pela igualdade e diversidade da cooperativa, Jayne O'Connell, “a sociedade WDH tem uma linha de conduta de neutralidade. Aqui nós temos credos diversos, novas culturas que aparecem. Temos que ser respeitosos com todas as confissões e pontos de vista”.
O eletricista rejeitou com decisão todos esses receios. “Nunca observei uma reação negativa nem ouvi queixas de ninguém. Eu me dou bem com as pessoas e tenho muitos amigos de outras religiões, inclusive um sikh e um hinduísta”.
Daily Mail observou que “o caso é incrível”. O diretor do armazém da WDH em Castleford, do qual Atkinson depende, decorou sua própria sala, sem nenhum problema, com um manifesto do famoso revolucionário argentino Che Guevara (1928-1967). A cooperativa é uma promotora de políticas "inclusivas", participa com estandes em manifestações pró-direitos dos homossexuais, apoia a causa dos “transgêneros” e permite que os funcionários usem símbolos religiosos, como o turbante dos sikh. Além disso, respondendo a uma pergunta do representante sindical de Atkinson, Terry Cunliffe, O'Connell declarou que não veria nenhum problema se uma funcionária usasse uma burka com as cores da empresa, considerando que tal traje seria uma “roupa discreta”. O importante seria que a mulher trabalhasse bem, deu a entender O’Connell.
A ação contra Atkinson começou com uma carta anônima “maliciosa” e “cheia de grandes mentiras”, que provocou em dezembro uma mudança no regulamento interno sobre o uso dos veículos da empresa. A versão “atualizada”, revela o Mail on Sunday, obriga a retirar todos os símbolos pessoais dos carros e furgões da cooperativa. “A única conclusão que eu tirei é que eles eliminaram os obstáculos para poderem me afetar”, explicou Atkinson, que declarou sentir-se “à prova” por causa da sua fé. Segundo o eletricista, a decisão da empresa “é causada pelo medo de ofender as minorias étnicas”.
Atkinson tem o apoio de muitos companheiros e do seu representante sindical, Cunliffe, que declarou que a associação construtora “está levando o politicamente correto a extremos impensáveis”. “A cooperativa está usando a marreta para esmagar uma noz. É uma medida completamente desproporcional. É uma pessoa com o emprego em risco porque usa um discreto símbolo religioso”.
O Christian Legal Centre apoia a batalha do “soldado” Atkinson. Em comunicado publicado no site da associação, a administradora delegada Andrea Minichiello Williams descreveu Atkinson como “um homem respeitável e trabalhador”. Segundo Minichiello Williams, o caso tem traços de “notável intolerância”. “Este é o tipo de sociedade em que os britânicos querem viver?”, perguntou. “A cruz é um símbolo do profundo amor de Deus por todos nós. Não deve ser uma coisa que nos envergonhe”, completou.
Para o Mail on Sunday, o tema é claro. Embora a empresa de Atkinson proclame a sua imparcialidade ou neutralidade, “os fatos não são assim”. “Quando, justamente no Domingo de Ramos, um homem honrado é perseguido por manifestar sobriamente a sua fé com uma cruz de folhas de palmeira, essa história começa a parecer uma perseguição” (17 de abril).

Fonte: zenit.org - Luiz Gonzaga - Abril de 2011.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

POSIÇÃO DA IGREJA SOBRE O HOMOSSEXUALISMO

Pergunta — 1. Gostaria de conhecer a posição da Igreja Católica a respeito do homossexualismo, onde posso encontrar respaldo nas Escrituras e no Código de Direito Canônico, para um possível debate; 2. Que atitudes a Igreja manda tomar quando me vir de frente com tal situação, especialmente na família: posso recebê-los em minha casa normalmente? 3. Que atitude, pensamento e palavra devo ter, ao me deparar com tal situação?
Resposta — O tema é dos mais atuais, pois a senadora Suplicy desengavetou o projeto contra a homofobia, que em 2006 fora apresentado na Câmara pela deputada petista Iara Bernardi e agora está no Senado. Ademais, os partidários da propagação do pecado nefando estão tomando uma posição cada vez mais agressiva. Assim, se os defensores da boa posição moral não se mantiverem alertas, podem ser pegos de surpresa por certas manobras sorrateiras para impor — “democraticamente” (?!) — ideologias contrárias ao pensamento geral da opinião pública, como já tem acontecido no Brasil e no mundo. O leitor faz bem, portanto, de se preparar para eventual tomada de posição nos círculos familiares e um possível debate em âmbitos mais extensos.
Caso conhecidíssimo narrado nas Escrituras



Embora o caso de Sodoma e Gomorra, narrado no livro do Gênesis, seja muito conhecido, convém recordá-lo aqui para quem não o tenha à mão.
Deus apareceu a Abraão, junto com dois anjos (todos em forma humana), e lhe anunciou que, apesar da avançada idade, ele teria um filho. Abraão acolheu-os e fez com que Sara, sua mulher, lhes desse de beber e comer. E tendo sido servidos, levantaram-se todos e “voltaram os olhos para Sodoma; e Abraão ia com eles, acompanhando-os. E o Senhor disse [para Si mesmo]: Acaso poderei eu ocultar a Abraão o que estou para fazer, visto que ele há de vir a ser pai de uma nação numerosíssima e poderosíssima, e que todas as nações da Terra hão de ser benditas nele? [...] Disse, pois, o Senhor: O clamor de Sodoma e Gomorra aumentou, e o seu pecado agravou-se extraordinariamente” (Gen. 18,16-20).
Os dois anjos prosseguem o caminho até Sodoma, e Abraão fica com o Senhor. Entendendo que Deus iria castigar a cidade, onde residia seu sobrinho Lot, Abraão procura salvá-lo. A cena é comovedora. Diz Abraão ao Senhor: “Perderás tu o justo com o ímpio? Se houver cinqüenta justos na cidade, perecerão todos juntos? E não perdoarás aquele lugar por causa dos cinqüenta justos, se os houver? (...) E o Senhor disse-lhe: Se eu achar no meio da cidade cinqüenta justos, perdoarei por amor deles toda a cidade” (Gen. 18,23-26). Abraão percebe que jogou alto demais, e vai rebaixando o número de justos de 50 para 45, depois para 40, depois para 30, para 20 e chega até 10!... “E o Senhor disse: Não a destruirei por amor aos dez. O Senhor retirou-se, depois que cessou de falar com Abraão e Abraão voltou para a sua tenda” (Gen. 18,32-33). Abraão compreendeu que sua intercessão fora infrutífera, não pela falta de desejo do Senhor em atendê-lo, mas porque não havia sequer dez justos em Sodoma...
“À tarde, chegaram os dois anjos a Sodoma, quando Lot estava sentado às portas da cidade. E ele, tendo-os visto, levantou-se, e foi ao seu encontro, prostrou-se por terra e [...] instou com eles para que fossem à sua casa; e depois que entraram, preparou-lhes um banquete, e fez cozer uns pães ázimos, e eles comeram. Mas antes que fossem deitar, os homens da cidade, desde os jovens até os velhos, e todo o povo junto com eles, cercaram a casa. E chamaram por Lot e disseram-lhe: Onde estão aqueles homens que entraram em tua casa ao cair da noite? Faze-os sair para que os conheçamos” (Gen. 19,1-5). Linguagem cheia de pudor da Bíblia para indicar que queriam abusar deles. Lot sai, e tenta dialogar com os facínoras, alegando o direito de proteção aos hóspedes, ao qual estava obrigado. Chega ao extremo de oferecer suas filhas. É maltratado pela turba, que queria mesmo os homens... Tentam arrombar a porta, quando os anjos puxam Lot para dentro, e fecham a porta. “E [os anjos] feriram de cegueira os que estavam fora, desde o menor até o maior, de sorte que não podiam encontrar a porta” (Gen. 19,11). Lot e os seus estavam, de momento, salvos.
Não obstante, Lot move-se com displicência...
Segue-se uma batalha inesperada: a dos anjos para retirar Lot e os seus da cidade maldita... “E disseram a Lot: Tens aqui alguns dos teus? Genro ou filho, ou filhas, faze sair desta cidade todos os que te pertencem, porque nós vamos destruir este lugar, visto que o clamor [dos seus crimes] aumentou diante do Senhor, o qual nos enviou para que os exterminemos” (Gen. 19,12-13).
Lot sai para buscar os genros que estavam para se casar com suas filhas, mas estes tomaram o aviso como se Lot estivesse zombando deles. O próprio Lot movia-se com displicência: “Ao amanhecer, instavam os anjos com Lot dizendo: Levanta-te, toma tua mulher e as duas filhas que tens; não suceda que também pereças na ruína da cidade. E como ele hesitasse, pegaram pela mão a ele, a sua mulher e as suas filhas, porque o Senhor queria salvá-lo. E o tiraram de casa, e o puseram fora da cidade; e aí lhe falaram, dizendo: Salva a tua vida; não olhes para trás, e não pares em parte alguma dos arredores deste país; mas salva-te no monte, para que não pereças com os outros” (Gen. 19,15-17). Lot ainda contemporiza e pede para ir para uma pequena cidade próxima, onde diz que se sentiria mais seguro. “E o Senhor disse-lhe: Eis que, ainda nisso, eu ouvi os teus rogos, para não destruir a cidade a favor da qual me falaste. Apressa-te e salva-te lá, porque não poderei fazer nada enquanto tu lá não tiveres entrado” (Gen. 19,21-22). “E o sol levantou-se sobre a Terra, quando Lot entrou em Segor [a pequena cidade, da qual falara]. Fez pois o Senhor chover sobre Sodoma e Gomorra enxofre e fogo do céu, [vindo] do Senhor; e destruiu estas cidades, e todo o país em roda, todos os habitantes das cidades, e toda a verdura da terra. E a mulher de Lot, tendo olhado para trás, ficou convertida numa estátua de sal” (Gen. 19,24-26).
Sodoma e Gomorra são, pois, casos paradigmáticos da aversão de Deus ao pecado de homossexualismo, que na lei mosaica era castigado com a morte (cfr. Lev. 18,22; 20,13; Deut. 23,18-19).
Entretanto, se algum sacerdote ler estes trechos no púlpito (hoje lamentavelmente abandonado) de alguma igreja, poderá ser acusado de homofobia e ir para a cadeia, caso o projeto que mencionamos de início seja aprovado...
Pecado que brada aos Céus por vingança
Tampouco o Novo Testamento é menos radical na condenação da prática do homossexualismo. São Paulo afirma claramente que os sodomitas não entrarão no Reino dos Céus: “Porventura não sabeis que os injustos não possuirão o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os fornicadores, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os que se dão à embriaguez, nem os maldizentes, nem os roubadores possuirão o Reino de Deus” (I Cor. 6,9-10). Ver também I Tim. 1,8-11.
Por isso o Primeiro Catecismo da Doutrina Cristã enumera, entre os pecados que bradam ao Céu e pedem por vingança de Deus, o “pecado sensual contra a natureza” (Editora Vozes, Petrópolis, 1951, p. 25). É assim que é designado, na Moral católica, o pecado de homossexualismo.
O tema é extenso e não cabe nos limites desta coluna. Sem dúvida, a constituição física de determinadas pessoas as pode inclinar afetivamente para outras do mesmo sexo. Elas não são culpadas por isso, mas incumbe-lhes a mesma obrigação de castidade. E com a ajuda da graça de Deus, obtida pela oração, frequência aos sacramentos e fuga das ocasiões, elas podem coibir os movimentos desordenados de sua predisposição física e manterem-se castas.
É claro que as pessoas da família, sobretudo os pais, devem ajudá-las e tratá-las com caridade, o que não significa tolerar qualquer infração do 6° Mandamento da Lei de Deus, o qual obriga à castidade.
Se, em outra hipótese, essa tendência antinatural decorrer de uma educação mal orientada ou de um ambiente viciado, elas devem ser corrigidas também com os desvelos da caridade cristã, mas sem fraquezas nem condescendência alguma relativa às práticas contrárias à natureza.
Mas, para os que se entregam a esses atos — e são muitíssimos —, vale o julgamento terrível do Catecismo, há pouco lembrado: eles bradam ao Céu e atraem a cólera de Deus. O exemplo da destruição de Sodoma e Gomorra está aí para ser sempre lembrado...
Espero que os lineamentos gerais da questão, aqui apresentados de forma muito sumária, ajudem o missivista a encontrar por si a solução das situações concretas com que venha a se defrontar.
Monsenhor JOSÉ LUIZ VILLAC - Revista CATOLICISMO

terça-feira, 12 de abril de 2011

Por que Nossa Senhora Chora.

As drogas destroem o homem
Imagine-se, caros amigos, folheando o jornal e deparando com a seguinte notícia: “O sádico de Vila Maomé vai requintando os meios de destruir suas vítimas. Ele as vai submetendo a doses sucessivas de tortura, de modo tal que os sequestrados não morrem logo, mas vão perdendo sangue e energias; ficam fracos, deprimidos e depauperados; têm alucinações, e acabam se transformando num molambo de gente, à procura de uma cova para cair e morrer”.
Pois bem, esse sádico existe, e seu nome está em todos os jornais. Em linguagem erudita, é chamado estupefaciente ou psicotrópico; em linguagem corrente, simplesmente drogas. A devastação que ele produz na natureza humana não é apenas física, é também espiritual e moral.
Dentre as drogas mais disseminadas no Brasil, o crack é uma forma de cocaína com bicarbonato de sódio, de ação imediata. Uma vez inalado, chega ao sistema nervoso central em dez segundos, produzindo euforia logo seguida de depressão. Vicia com facilidade enorme.
Pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), divulgada em 13 de dezembro último (cfr. reportagens de “O Estado de S. Paulo”, 14 a 17-12-10), mostra que seu consumo já se alastrou pelo País, atingindo grandes centros urbanos e zonas rurais, sem distinção. Dos 3.950 municípios pesquisados, 3.871 (98%) enfrentam problemas relacionados ao crack.
O presidente da CNM adverte: “No Brasil, fizemos um grande esforço para a redução da mortalidade infantil, mas não há nenhuma política de prevenção à mortalidade juvenil. Estamos salvando nossas crianças, mas deixando morrer nossa juventude”. Especialistas ouvidos pela CNM estimam que, nos próximos seis anos, 300 mil pessoas devem morrer no País em virtude do consumo de crack.
Levantamento feito pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, focalizando estudantes de todas as capitais, mostrou que 55% dos alunos da rede particular já usaram drogas; na rede pública, 40%. Embora os estudantes das particulares experimentem mais, nas públicas o uso de crack, cocaína e maconha é mais frequente.
Segundo a psiquiatra Dra. Ana Raquel Santiago de Lima, para deter o avanço do crack “é necessário um trabalho forte de valorização da vida, de fortalecimento da família e das relações e de criação de oportunidades”. Mas coloca-se aqui um problema: como valorizar a vida e fortalecer a família, quando as próprias autoridades vão adotando políticas destruidoras da família ao empurrarem o Brasil rumo à descriminalização do aborto, à legalização das uniões homossexuais, à contracepção, à demolição da propriedade privada e ainda outras aberrações?
O problema não é só brasileiro. Estamos diante de uma revolução sem precedentes. Após séculos de um trabalho sistemático para desmantelar a sociedade, por meio da pregação do igualitarismo, da libertinagem, dos chamados direitos humanos, etc, está agora em curso um esforço para arruinar a própria natureza humana; e um dos fatores mais atuantes para esse fim é a proliferação do uso das drogas, mal combatidas ou até favorecidas por muitos governos.
Sem uma total reforma moral do homem e da sociedade, torna-se impossível frear esse processo. Mas existe atualmente a possibilidade de levar a cabo essa reforma?
Sim, existe desde que a humanidade siga os caminhos que Nossa Senhora apontou em Fátima, depois de ter chorado em La Salette sobre o mundo e sobre a situação da Igreja: oração e penitência. Como oração, a Santíssima Virgem indicou o Rosário. Quanto à penitência, o que pode ser mais agradável a Ela do que enfrentarmos e combatermos essas ondas mefíticas do mundo moderno?! Será que estamos prontos a viver uma vida de oração pessoal e em família?
Luiz Gonzaga – Abril de 2011.