Genocídio de cristãos na Nigéria
Prosseguem as matanças de
cristãos na Nigéria (África). Em dezembro último, um grupo de fundamentalistas
islâmicos degolou 15 cristãos na localidade de Mussari, nos arredores de Maiduguri,
região nordeste da Nigéria, informou uma fonte dos serviços de emergência
locais.
“‘Segundo
as informações que recebemos, os criminosos entraram em algumas residências e
mataram 15 pessoas que estavam dormindo’, disse a fonte, que pediu anonimato.
As autoridades haviam informado no sábado o ataque, executado na sexta-feira em
Musari, mas com um balanço de cinco mortos e sem revelar outros detalhes”.(1)
O tenente-coronel Sagir Musa,
porta-voz militar na região, declarou à “Agência France Press” que alguns foram
mortos a tiros, e outros atacados com facões.
Referindo-se às vítimas, uma
fonte que pediu anonimato disse que "incluem um guarda de
trânsito e 14 civis”, e que“foram escolhidas porque eram
todos cristãos". Segundo informou um vizinho, "os agressores entraram silenciosamente
em casas cujos moradores eram cristãos".
Parte desses fundamentalistas
pertence à organização Boko Haram, que
exige a adoção em toda a Nigéria da sharia, lei
islâmica que não admite a prática de qualquer outra religião que não seja o
islamismo. Estima-se que os ataques do Boko Haram já
causaram mais de três mil mortes na Nigéria desde 2009.
Grande produtora de petróleo,
a Nigéria é o país mais populoso da África, com 170.123.740 habitantes.(2) O
norte é predominantemente muçulmano e o sul de maioria cristã.
Um relatório de 2003
avalia que “50,4% da população da Nigéria são muçulmanos,
48,2% são cristãos e 1,4% aderem a outras religiões. Entre os cristãos, 27,8%
são católicos, 31,5% são protestantes e 40,7% pertencem a outras denominações
cristãs”(3). O número de cristãos está crescendo.
*
* *
A Nigéria é um exemplo da
terrível onda de cristianofobia que se alastra hoje por diversos países,
especialmente da Ásia e da África. Animistas, hinduístas, muçulmanos e outros, por
ódio à fé ensinada por Jesus Cristo, vão multiplicando o número de mártires,
sob os olhares complacentes do Ocidente ex-cristão.
Defensores de “direitos
humanos”, “direitos dos animais” e agora até “direitos das plantas” olham com
displicente indiferença para essas matanças que se sucedem. O que faz a ONU,
supostamente tão preocupada com os direitos humanos? E a União Europeia, que
também se apresenta como defensora desses direitos? O que fazem os governantes
das nações ocidentais, incansáveis em inculcar os chamados direitos sociais?
Porventura os cristãos não têm quaisquer direitos, nem sequer o mais elementar
deles que é o direito à vida?
Diante de tanta indiferença,
parcialidade e, por que não dizê-lo, covardia, peçamos a Nossa Senhora que faça
com que suas lágrimas irriguem as almas dos perseguidos, incutindo-lhes força e
perseverança para que lutem até o fim, aceitando o martírio se este for da
vontade de Deus. E que essas mesmas lágrimas caiam também sobre os
perseguidores “para que se salvem, ou para que as graças
rejeitadas se acumulem sobre eles como brasas ardentes, clamando por punição”.(4)
Luiz Gonzaga – Março de 2013
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